O SIGNIFICADO BÍBLICO DA PÁSCOA CRISTÃ


"Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha. De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice. Porque quem come e bebe, come e bebe para sua própria condenação, se não discernir o corpo do Senhor" (1Co 11.23-29).

Diferentemente da Páscoa do Antigo Testamento, a Páscoa de Cristo, hoje comemorada anualmente por cristãos católicos e simpatizantes e mensalmente por cristãos evangélicos, possui um significado tremendo: o SIGNIFICADO.

Como assim? Exatamente isso: Significado.

Paulo, ao falar da comemoração da páscoa cristã (ou da santa ceia, como a conhecemos) nos trás à lembrança que a Páscoa tem um Significado e que se não for observada em razão deste Significado, então, sua prática e observância, de bênção se tornará em maldição.

Vivemos numa época em que as coisas estão perdendo seus significados (sem querer adentrar numa filosofia hermenêutica sem fim). Hoje, tudo é sinônimo de qualquer coisa e qualquer coisa pode ter qualquer significado e sua interpretação é a interpretação que for mais conveniente, desprezando-se sua essência, história e finalidade. Dizemos que os conceitos estão sendo ampliados. Será só isso mesmo? Ou também estão perdendo seus significados?

A verdade é que vivemos a época da aparência. Cultuamos a sombra das coisas e esquecemo-nos de sua materialidade. Através da sombra, fantasiamos os objetos reais, trocando-os por objetos ideais conforme nossa conveniência.

O que quero dizer é que vivemos numa época em que não valorizamos mais o significado (essência) de nada e o trocamos por qualquer coisa, contanto que nos favoreça.

A páscoa de Cristo possui um significado magnífico: Jesus morreu por nossos pecados para que através da nossa fé em seu sacrifício e arrependimento dos nossos pecados pudéssemos ser salvos daquele Dia em que Deus separará as coisas boas das coisas más, o santo do profano, o justo do injusto, o salvo do perdido.

Na última ceia que antecede sua morte, Cristo reparte com seus discípulos pão e vinho (não sei de onde tiraram a ideia de “peixe” na ceia, mas tudo bem). Não eram simplesmente o “pão” e o “vinho” que tinham um significado espiritual (Seu corpo e Seu sangue), mas era também o “comer” o “participar” do comer desse pão e desse vinho.

O corpo “representado” (e não transubstanciado) no pão indicava o sofrimento que Cristo sentiria na Sua carne em favor da humanidade, substituindo-a no castigo que lhe cabia. O Seu sangue “representado” (outra vez digo, não transubstanciado) no vinho indicava o sangue derramado em favor dos pecados já que a lei de Deus dizia que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”. Morte e Sofrimento! Eis o significado do pão e do vinho.

Mas o maior significado da Páscoa não se subsume aos seus elementos, mas a uma atitude em relação àquele que deles participa. Não era o pão e o vinho que importava na representação da Ceia de Cristo, mas “o intuito e a consciência” daqueles que dela participavam! O ato de “comer e beber” naquele momento representava uma anunciação da morte de Cristo, uma declaração de sua morte, mas não somente isso: uma “confissão” de o porquê Dele morrer: por nossos pecados e para nos dar salvação pela fé no Seu Nome (reconhecimento de Cristo como o Filho de Deus) e no Seu sangue (reconhecimento do Seu sacrifício como único e suficiente para nos limpar e salvar) e por sua Graça (reconhecimento da salvação por um favor imerecido e não pela realização de boas obras – mérito humano). E termina o Mestre dizendo que esta declaração e confissão seriam realizadas simbolicamente em todas as Ceias “até que Ele viesse”. Significa que quando estamos participando da comunhão e do partir do pão e do beber do vinho estamos anunciando que Ele voltará e voltará por um propósito: buscar o Seu Povo!

E qual a consequência de celebrarmos e participarmos de tal liturgia sem o discernimento real de o porquê estarmos fazendo isso? Qual a consequência de comer e beber do pão e do vinho com tudo o que eles representam sem nos comprometermos com sua causa?

“De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor”.

Todas as coisas possuem um significado originário que deve ser inquirido e perseguido sob pena de acabarmos vivendo uma vida medíocre em que nada parece ter sentido algum.

Celebrar a Páscoa de Cristo nada tem a ver com comer peixe ou beber vinho, mas com reflexão, anunciação e confissão. Se não for por este significado, então não é páscoa. E se for, então estamos fazendo isso errado e de forma indigna, desprezando tudo o que ela representa e condenando-nos naquilo em que nós mesmos aprovamos.

“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice”.

Que nessa páscoa você possa fazer parte de forma digna da Ceia do Senhor, discernindo seu real significado e desfrutando da esperança da vinda do nosso Salvador que por nós morreu e por nós ressuscitou.

Feliz Páscoa!!!

Maranata!

Leandro Dorneles

Um comentário:

  1. todo o que fala sobre jesus na biblia deve ser verdade varias religioes pregam diferente e emcinam diferente mas so vc pode saber se aceita ou nao jesus na sua vida!!!!!!!

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