CONSERTANDO O ALTAR

por Pastora Fátima Dorneles

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar.” (II Crônicas 7:14)

Examinando as Escrituras, observamos o amor de Deus pelo Seu povo. Ainda que este andasse por caminhos tortuosos, se desviando constantemente do centro da Sua vontade, Deus continuava longânimo e misericordioso, concedendo sempre a Israel uma nova chance, uma oportunidade de arrependimento e mudança.

A oração de Salomão de II Crônicas 6 demonstra o quanto ele desejava ver derramado sobre Israel um espírito quebrantado e temente ao Senhor. Notamos também o quão profundo ele conhecia ao Senhor e o quanto Deus amava o seu povo, a ponto de manifestar-se de forma substancial, enchendo o templo com a Sua Glória (II Crônicas 7:1). Tremenda e majestosa era a presença do Todo-Poderoso naquele lugar sagrado.

Mas o Deus que se manifesta com toda a Sua glória, poder e majestade, é o mesmo que exige do seu povo uma séria tomada de decisão. É o Deus que ama, mas que na mesma proporção executa o Seu justo juízo. É o Deus que em momento algum abandona Israel, mas que exige dele humildade e santidade. Podemos até argumentar: - Mas naquela época, o povo vivia sob o jugo da lei, hoje vivemos debaixo da graça. Não nos esqueçamos, porém, que o princípio permanece o mesmo: Deus se compromete com quem assume um compromisso com Ele (Mateus 10:32-33). Não adianta nos rasgarmos na presença do Senhor se o nosso coração está longe de querer fazer a Sua vontade (Isaías 29:13). De nada vale prestarmos um louvor com os lábios, se não houver o verdadeiro louvor que parte de um coração sincero e quebrantado.

Há muitos que “reivindicam” uma vida melhor; exigem de Deus a restauração de sua casa, do seu casamento, do seu emprego, dos seus bens, mas são incapazes de assumirem um compromisso com Deus. Querem receber bênçãos, mas não deixa Jesus ser o Senhor absoluto de suas vidas. Vivem de modo a lutar com as armas desse mundo, esquecendo-se de que a luta do crente é contra o reino espiritual, (Efésios 6:12), devendo, portanto, serem espirituais as armas com as quais temos que entrar na batalha (Efésios 6:11).

A condicional para que Deus visitasse Israel e usasse de longanimidade e misericórdia é a mesma em nossa geração: humilhação, oração e um coração derramado e entregue a Ele. Não há nada que comova mais o coração do Pai do que um coração totalmente quebrantado e derramado no altar do Senhor. Ele se compadece e usa de misericórdia sobre todo aquele que O busca de todo o coração (Jeremias 29:13), concedendo-lhe os seus mais ocultos desejos, desde que estes estejam submetidos aos princípios do Reino. (Salmos 37:4).

De uma coisa tenha plena certeza: Ao assumir um compromisso com o Senhor, Ele abala-se do Seu alto e sublime trono e vem até o seu encontro a fim de protegê-lo (Salmos 18:9). Os ouvidos do Todo-Poderoso está atento ao seu clamor e suas mãos estendidas sempre que você precisar de socorro e proteção (Isaías 59:1). Mas para que isso aconteça, a decisão partirá sempre de você. Em Isaías 55:7, o profeta nos faz a seguinte advertência:

“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.”

Deus espera de você uma tomada de decisão. Ele não deseja que você fique “em cima do muro”, ao contrário, Deus espera que você assuma uma postura de modo que seu viver possa refletir o dom maior que há em você: Jesus Cristo. Não convém ao crente em Jesus uma vida repleta de misticismos e simpatias sem o mínimo comprometimento com a Sua Palavra. De nada adianta dizer “Senhor eu te amo” apenas com palavras e choro, se não há uma predisposição de mudança interior, se não há dentro de si um coração quebrantado e sedento por ter intimidade com Deus e o desejo ardente de viver no centro da Sua vontade.

Mas, para que haja essa mudança de atitude é preciso morrer; é necessário sacrificar o próprio “eu”, desejos e vontades, para viver em obediência e total entrega ao dono das nossas almas. Fazer do nosso coração um altar ao Senhor, é torná-lo um lugar de sacrifício, no qual teremos que constantemente morrer, a fim de que Cristo viva em nós, seguindo o exemplo do apóstolo Paulo quando declara:

“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2:20)

Você está disposto a consertar o teu altar e fazer definitivamente uma aliança com Deus? Está disposto a fazer do teu coração um lugar de morte, renúncia e sacrifício?

Esteja certo de que os resultados dessa decisão produzirão frutos nesta vida, os quais serão refletidos na eternidade com Cristo.

Que Deus o abençoe e faça da sua vida e do seu coração um altar para o verdadeiro louvor e adoração ao nome Dele!

2 comentários:

  1. Deus abençõe por esta palavra tão significante

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  2. Amém, Deus é fiel e sei que não é em vão que me trouxe a este site para ler esta palavra, eu quero e creio que assim Deus fará: de minha vida um lugar de verdadeira adoração.

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